Se tem um filme que eu gosto é esse da fotinha, DivertidaMente, trocadilho para usar a palavra mente (oh jura?). No inglês, o título é Inside Out, de dentro pra fora, na tradução livre, mostra como as emoções nos controlam e como elas são construídas. São cinco emoções que o filme tem como personagens, são eles: Alegria, Medo, Nojinho, Raiva, e o que eu tenho mais me identificado nos últimos tempos, a Tristeza. Cada um especificado por uma cor, e sempre com alguma cor de outro personagem, mostrando que ninguém é só uma emoção ou apenas sente só algum tipo de coisa.
Por muito tempo me vi e me viam como a Raiva, mesmo antes do filme acontecer. E eu assumo, até a cabeça em chamas eu já senti, hehehe
Mas a Tristeza, essa, eu assumo, parecemos muito. Dá só uma olhada.
Parecemos tanto, que até "fisicamente" falando, a gente se parece. Corte de cabelo, tom de pele, tudo bem que o meu azul é mais claro, mas ainda é azul, óculos, estilo de roupa, e aquele buchinho, redondinho, redondinho.
Mas além dessas semelhanças eu me vejo em como ela se porta, em como ela lida com as situações e até mesmo como ela se deixa levar. E não sei se é o pior de tudo, em como ela se satisfaz na insatisfação.
A primeira vez que ouvi isso, a satisfação na insatisfação, várias interrogações apareceram na minha cabeça e vêm martelando desde então. E assumo, agora em momento de COVID-19, essas interrogações estão maiores, mais pulsantes, em negrito, itálico, highlighted (se possível em neon) e sublinhado.
Mas vamos lá. Eu comecei a escrever esse texto há algum tempo e o deixe no rascunho, até que toda eu tivesse vontade de escrever de novo e essa situação em que vivemos tomasse conta . Já tinha elaborado um texto todo na minha cabeça, pensado no título, na figura e no conteúdo, escrever não é fácil. Tão logo entrei no blog, me deparei com o rascunho, reli e resolvi aproveitá-lo além de adaptar, um pouco, o texto.
Essa última madrugada foi longa, consegui cochilar por volta de 3h30 da manhã, conversei com várias pessoas que estavam dispostas a me aturar, mais uma vez obrigada e eu nem sei se vocês irão ler isso aqui, porque sim, eu estava bem chata. Estava no meio de uma crise de ansiedade, das brabas.
Por muito tempo eu vivi na satisfação da insatisfação. Era simples, acolhedor, conhecido e reconhecido. Sabe aquela coisa do, "Ah, não era pra ser e tá tudo bem!!!" Cara, eu fiquei nessa muito tempo, em um determinado momento tiveram alguns agravantes e a situação piorou substancialmente. Foi quando no início de 2019, minha vida de uma volta de 180° e me deu uma bela saculejada.
Perdi o emprego, voltei a estudar, arrumei outro emprego, conheci o meu amor, isso tudo em um período de 45 dias. Era muita coisa pra assimilar, muita coisa pra aprender, muita coisa pra fazer, era, como sempre foi, tudo muito e eu sempre de lado, por último quando dava. E vou te falar, não é fácil, não é simples, muito menos fácil. Não é atoa que o escuro, a solidão e a satisfação na insatisfação tomam conta e vão crescendo e dominando facilmente. Decidi buscar ajuda profissional, como a grana estava curta, fui atrás da ajuda que poderia conseguir na faculdade, apesar do meu esforço, naquele momento, não consegui nem entrar na lista de espera. E o buraco no peito, deu uma aumentada, porque eu já não suportava mais. Alguns meses depois e a adaptação à nova rotina, mais um semestre letivo e mais uma tentativa de conseguir entrar na lista de espera.
No primeiro dia de aula, lá estava eu na clínica pra saber se a lista de espera já estava aberta. A recepcionista, disse que não mas falou em alto e bom som: Você está vindo desde o início do ano, vou colar o seu nome aqui, mas atendimento só lá pra 2020. Eu sorri feliz, fui vista e reconhecida e isso é tão acolhedor. Disse que não tinha problema e agradeci com toda sinceridade do meu coração e fui pra aula. 48h depois me liga o Pedro, uma pessoa que agradeço todos os dias por ter entrado na minha vida, se apresentando e falando que começaríamos o acompanhamento na próxima semana. Você tem ideia do que é ter uma notícia de antecipação tão considerável assim??? Pra mim, foi a glória.
Começamos o acompanhamento, os resultados foram surgindo. Muito positivos diga-se de passagem e bem doloridos também, aos poucos e um após o outro. Vieram as férias e o acompanhamento foi "suspenso", já que a clínica funciona com o calendário da faculdade. E chegou 2020. Voltamos ao acompanhamento, troquei de emprego mais uma vez, o amor tá lindo e bem obrigada, só que a pandemia do COVID-19 chegou e tomou conta. E tomou conta, de verdade. Não pelo medo de pegar o vírus, porque é uma possibilidade, mesmo me precavendo. Não é medo de perder o emprego, que sim estou apreensiva com a situação, mas o medo que mais tem me pegado é o medo de voltar pro escuro. E pior que voltar pro escuro, é reconhecer o acolhimento, deixar ele fazer o papel dele e me acomodar ali.
É apavorante esta possibilidade. E sim, estou com medo, muito medo.
Bom, acho que falei demais, quer dizer escrevi demais, fui e voltei algumas vezes e sim, estou me sentindo melhor depois desse texto/desabafo.
Ah, outra coisa.
Se você que me conhece, leu até aqui, quiser e puder ajudar, não precisa de muito, é só conversar banalidades pra cabeça "anuviar" e eu conseguir relaxar. Já agradeço de ante mão. Se você não me conhece, leu até aqui e quer ajudar, pode me mandar um e-mail: santos.ntx@gmail.com, eu respondo e também agradeço de antemão. Agora se você leu até aqui, obrigada, e não quer ajudar, não precisa apontar e tente ajudar alguém mais próximo a você. Neste momento de caos, todos precisamos de ajuda.
✌✌✌✌✌✌✌✌✌
Pra vocês!!! Até o próximo texto.
Nathy =)
Mas além dessas semelhanças eu me vejo em como ela se porta, em como ela lida com as situações e até mesmo como ela se deixa levar. E não sei se é o pior de tudo, em como ela se satisfaz na insatisfação.
A primeira vez que ouvi isso, a satisfação na insatisfação, várias interrogações apareceram na minha cabeça e vêm martelando desde então. E assumo, agora em momento de COVID-19, essas interrogações estão maiores, mais pulsantes, em negrito, itálico, highlighted (se possível em neon) e sublinhado.
Mas vamos lá. Eu comecei a escrever esse texto há algum tempo e o deixe no rascunho, até que toda eu tivesse vontade de escrever de novo e essa situação em que vivemos tomasse conta . Já tinha elaborado um texto todo na minha cabeça, pensado no título, na figura e no conteúdo, escrever não é fácil. Tão logo entrei no blog, me deparei com o rascunho, reli e resolvi aproveitá-lo além de adaptar, um pouco, o texto.
Essa última madrugada foi longa, consegui cochilar por volta de 3h30 da manhã, conversei com várias pessoas que estavam dispostas a me aturar, mais uma vez obrigada e eu nem sei se vocês irão ler isso aqui, porque sim, eu estava bem chata. Estava no meio de uma crise de ansiedade, das brabas.
Por muito tempo eu vivi na satisfação da insatisfação. Era simples, acolhedor, conhecido e reconhecido. Sabe aquela coisa do, "Ah, não era pra ser e tá tudo bem!!!" Cara, eu fiquei nessa muito tempo, em um determinado momento tiveram alguns agravantes e a situação piorou substancialmente. Foi quando no início de 2019, minha vida de uma volta de 180° e me deu uma bela saculejada.
Perdi o emprego, voltei a estudar, arrumei outro emprego, conheci o meu amor, isso tudo em um período de 45 dias. Era muita coisa pra assimilar, muita coisa pra aprender, muita coisa pra fazer, era, como sempre foi, tudo muito e eu sempre de lado, por último quando dava. E vou te falar, não é fácil, não é simples, muito menos fácil. Não é atoa que o escuro, a solidão e a satisfação na insatisfação tomam conta e vão crescendo e dominando facilmente. Decidi buscar ajuda profissional, como a grana estava curta, fui atrás da ajuda que poderia conseguir na faculdade, apesar do meu esforço, naquele momento, não consegui nem entrar na lista de espera. E o buraco no peito, deu uma aumentada, porque eu já não suportava mais. Alguns meses depois e a adaptação à nova rotina, mais um semestre letivo e mais uma tentativa de conseguir entrar na lista de espera.
No primeiro dia de aula, lá estava eu na clínica pra saber se a lista de espera já estava aberta. A recepcionista, disse que não mas falou em alto e bom som: Você está vindo desde o início do ano, vou colar o seu nome aqui, mas atendimento só lá pra 2020. Eu sorri feliz, fui vista e reconhecida e isso é tão acolhedor. Disse que não tinha problema e agradeci com toda sinceridade do meu coração e fui pra aula. 48h depois me liga o Pedro, uma pessoa que agradeço todos os dias por ter entrado na minha vida, se apresentando e falando que começaríamos o acompanhamento na próxima semana. Você tem ideia do que é ter uma notícia de antecipação tão considerável assim??? Pra mim, foi a glória.
Começamos o acompanhamento, os resultados foram surgindo. Muito positivos diga-se de passagem e bem doloridos também, aos poucos e um após o outro. Vieram as férias e o acompanhamento foi "suspenso", já que a clínica funciona com o calendário da faculdade. E chegou 2020. Voltamos ao acompanhamento, troquei de emprego mais uma vez, o amor tá lindo e bem obrigada, só que a pandemia do COVID-19 chegou e tomou conta. E tomou conta, de verdade. Não pelo medo de pegar o vírus, porque é uma possibilidade, mesmo me precavendo. Não é medo de perder o emprego, que sim estou apreensiva com a situação, mas o medo que mais tem me pegado é o medo de voltar pro escuro. E pior que voltar pro escuro, é reconhecer o acolhimento, deixar ele fazer o papel dele e me acomodar ali.
É apavorante esta possibilidade. E sim, estou com medo, muito medo.
Bom, acho que falei demais, quer dizer escrevi demais, fui e voltei algumas vezes e sim, estou me sentindo melhor depois desse texto/desabafo.
Ah, outra coisa.
Se você que me conhece, leu até aqui, quiser e puder ajudar, não precisa de muito, é só conversar banalidades pra cabeça "anuviar" e eu conseguir relaxar. Já agradeço de ante mão. Se você não me conhece, leu até aqui e quer ajudar, pode me mandar um e-mail: santos.ntx@gmail.com, eu respondo e também agradeço de antemão. Agora se você leu até aqui, obrigada, e não quer ajudar, não precisa apontar e tente ajudar alguém mais próximo a você. Neste momento de caos, todos precisamos de ajuda.
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Pra vocês!!! Até o próximo texto.
Nathy =)
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