sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

EITA!!!

 



EITA! E põe eita nisso. 

Percebi que fiquei anos sem aparecer por aqui e quanta coisa eu deixei de "falar" nesse tempo, fazendo com que a imagem acima seja exatamente uma mostra de como eu estou hoje.

Muita coisa aconteceu, óbviamente, e muita coisa eu nem sei se vou lembrar de colocar aqui afinal, minha memória já não está tão afiada.

Vamos lá, tentaremos um resumão!

Nesses anos que não estive por aqui, eu troquei de emprego na mesma empresa, me casei, passamos por diversas provações, troquei de psicólogo, aumentei a minha equipe médica multidisciplinar, fui julgada por isso, meu pai faleceu, cheguei nos 40, quebrei, surtei, pessoas chegaram, pessoas se foram, passando por mais provações estou e uma coisa que eu me peguei pensando com tudo isso é que 90%, se não mais, de tudo o que a gente vive, são relações interpessoais e vou te falar, não é fácil.

Pessoas são diferentes (graças à Deus), valores, criação, vontades, desejos e tantas outras coisas e eu assumo, não sou fácil de se conviver. Tinhosa, cabeça dura, exigente, gosto de tudo do meu jeito, de controlar as coisas e detesto ser contralada. Oh que novidade!

Outra coisa que eu, também, percebi é como a minha relação comigo mesma é a mais difícil de todas. Como eu sou exigente comigo mesma, como eu quero que tudo seja do meu jeito e como eu sofro com isso. Essa necessidade se dá pelo simples fato de tentar poder ter a resolução de todos os cenários possíveis para evitar frustrações e desrregulações. Quem me conhece sabe, minha vida é de excessos. Ou tudo é muito, muito mesmo, ou simplesmente nada, o tal do meio termo não existe, e não é porque eu não queira e sim porque a aceleração aqui é rápida. E quando a coisa "esquenta" voltar ao normal não é simples, qualquer coisa, palavra é jogar gasolina na fogueira. 

Ah Nathalia, você tá falando isso para usar de desculpas pelas coisas. Queria que fosse, de verdade. Quem sabe assim, eu não me martirizaria tanto, não me puniria tanto e não desacreditaria tanto em mim mesma. Eu não sei olhar pra mim com carinho, com cuidado e zelo. Acreditar em mim é difícil, como se eu não fosse capaz,, que eu não pudesse receber boas e melhores coisas.

Ontem por exemplo, após alguns dias bons, tranquilos, de sentimentos bons, por uma situação pequena, que eu já sei como vou resolver inclusive, tive uma crise de pensamentos intruvisos que me fizeram colocar em cheque tudo o que tenho sentido, vivido e presenciado nos últimos dias. O pior, não são os pensamentos chegarem, são eles fazerem morada e eu acreditar neles, como se eu fosse a pior das pessoas. E eu acredito neles, o peito aperta, o choro chega e a sensação de invalidez e incapacidade toma conta de uma forma irreal onde só a minha cabeça acredita naquilo e eu acabo cedendo.

Eu quero conseguir olhar pra mim com mais carinho, cuidado, merecimento e amor, acreditar em mim como as pessoas ao meu redor acreditam. Eu quero ser a minha maior incentivadora ao invés de sabotadora. Me saboto absurdamente (já escrevi sobre por aqui).

Se você leu até aqui, obrigada e desculpa qualquer coisa, a imagem lá de cima me representa.

Beijo da gorda! xoxoxox