sexta-feira, 19 de maio de 2017

A conexão


Assumo que quando vi essa imagem, pensei em escrever sobre a nossa conexão. Como ela foi rápida, forte, linda e avassaladora, mas depois de hoje, resolvi escrever sobre a minha conexão comigo e como ela é necessária para que eu possa cumprir a promessa que te fiz; cuidar de mim.

(Hoje pra poder falar de mim terei que falar de você, de nós, mas não se preocupe, farei com todo carinho possível, afinal, meu amor por você é maior.)

Bom, vamos lá.

Essa semana não foi uma semana fácil, por assim dizer, foi uma semana na qual emoções foram colocadas à prova, escorrendo pelos olhos e azucrinando o ouvido das amigas (obrigada meninas, por todas as ladainhas que vocês aturaram) e sendo surpreendida pela postura da minha mãe (😲😲😲😲😲). Foi uma semana na qual eu vi planos sendo colocados em stand by, sonhos coloridos se tornando preto e branco e aprender e me agarrar na fé, porque só assim para poder chegar onde eu cheguei hoje.

Todo mundo sabe como é difícil começar um hábito novo, mesmo que ele seja antigo e você saiba quão bem ele te faz e todos os benefícios que ele te proporciona. Sim, estou falando das atividades físicas.

Confesso, a meses que eu não fazia nada, além de dançar forró (que não conta tanto, pelas catuabas e já não tinha mais tanta graça assim, mas eu ainda dançava). Arrisquei uma corda, uma caminhada mas nada que me fizesse sentir ou até mesmo acreditar que eu poderia voltar a colocar as atividades na minha rotina.

Minha mãe, voltando ali em cima, ontem -quinta-feira-, resolveu me levar às compras com ela, pra me tirar do modo zumbi. Fomos ao supermercado, lugar abençoado e onde eu sempre me senti como criança em loja de brinquedo, ficava louca, queria comprar tudo. E quando chegava no corredor de doces e chocolates???? Era perda total!!!!! Mas nada tinha graça, nada fazia os olhos brilhar, a boca não salivou e nem o estômago roncou, mas teve um corredor que mexeu comigo.

Não, não foi nenhum corredor relacionado, diretamente, com comida. Foi o corredor de vasilhas, aquelas que as tampas aparecem quando some uma meia, então. Achei um conjunto de 4 vasilhas (não vou fazer propaganda de marca que todo mundo fala, mesmo porque, não comprei delas, comprei uma mais barata, afinal, estou desempregada, de novo), onde visualizei uma organização melhor da minha gaveta de calcinhas. Resolvi começar a arrumar minha gaveta, quem sabe assim, eu conseguia arrumar um pouco dos meus sentimentos, fazer a energia girar e coisas e pensamentos bons viessem.

Até que deu certo, a gaveta ficou um pitel, super organizadinha, da orgulho de ver, me dei até uma 🌟, agora é criar o hábito e manter. Aproveitando o pique que eu tava, arrumei a parte do meio do armário (pelo o menos duas prateleiras) aonde ficam perfumes, maquiagens e cuidados com o corpo. Outra 🌟 pra mim, manter será até mais fácil, porque saiu muita besteira e lixo parado.

Quando eu vi todo aquele lixo que estava acumulado e que estava saindo, abrindo espaço, me senti bem, a energia foi lá em cima e só percebi que não havia chorado, nem pensado em toda a nossa situação. Me senti bem, de verdade, pela primeira vez em dias e já fiz planos, amanhã arrumo mais partes, tirarei mais lixo e abrirei mais espaço pra novas energias. SABE DE NADA INOCENTE.
Tive muita dificuldade pra dormir, já que nos últimos dias, usava de um medicamento pra me ajudar a dormir e que eu acho, que não fez muito efeito não mas como nosso subconsciente é quem manda, como não tomei o remédio, por opção mesmo, rolei pra lá e pra cama, tomei um chá de camomila, prestei total atenção na minha respiração e rezei, rezei muito e eventualmente, acabei dormindo.

Hoje, quando eu acordei, aquela animação toda tinha ido embora, meu ânimo e humor estavam como o dia, cinza, frio e vazio. Por sentir sua falta, por saber que hoje eu deveria te encontrar, te abraçar, ficar juntinha de você e deixar todos os medos e fantasmas pra trás, te curtir, te sentir, nos fazer mais fortes. Só que isso não iria acontecer, já que optamos nos afastar, por tempo indeterminado para que nosso futuro, nossos planos e sonhos aconteçam.

A diferença nisso tudo foi, que ao invés de me entregar ao sentimento cinza, chorar e me enrolar nos cobertores, troquei de roupa e fui andar. Andar não, caminhar. Com ritmo, tempo e resistência. A surpresa maior nessa situação é que eu fui sem meu mundo a parte, sem as músicas que me distraem e me levam pra longe ou talvez pra mais perto de você. A única coisa que tinha ali pra me distrair e fazer com que aquela atividade física fosse menos torturante eram meus pensamentos.

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Tem que rir neh?!?!? Eu e meus pensamentos juntos, sem distrações ou devaneios. Arrisquei. A pior das hipóteses era eu pular no Rio Arrudas (o que não é opção, logo...). Como tava muito frio, alonguei bem as pernas, pescoço e ombros e fui. Fui pro lado direito, menor distância, mais ou menos 500 m de ida. Chegando no retorno, já que eu fui, tinha que voltar, optei por voltar correndo a distância completa, uma ponta a outra, mais ou menos uns 3 km e lá fui eu correr, depois de quase um ano parada. Cara, eu corri e corri tudo, sem parar e sem diminuir.
Tá, tudo bem que eu fui num trote bem lento mas eu fui e nesse ir que eu entendi a conexão, a minha conexão comigo.

Fui conversando comigo, me incentivando, me chamando na xinxa pra não desanimar nem desistir, lembrando que faltava pouco e que eu conseguiria. E eu consegui, comigo, por mim e pra mim. Quase chegando na linha final, a chuva me pegou no caminho, o que que eu fiz? Mudei o plano e não a meta. Ao invés de voltar, decidi ir até o final e mudar o caminho de volta pra casa. Mas eu corri e quando eu fiz a curva pra entrar no caminho de casa, me deu uma sensação tão boa, de que sim, eu posso ser boa pra mim, eu posso estar sem você e não preciso me punir por isso.

Me senti bem comigo, me senti bem por mim, me senti bem pra te esperar. Não, a vida não vai parar mas estarei aqui te esperando pra quando pudermos ficar juntos de verdade. Eu te amo! Mas a conexão de hoje me fez ver que eu me amo também e nem por isso deixo de te amar.

Agora, to aqui, escrevendo, desabafando, chame do que quiser, afinal, os planos originais eram de neste exato momento estar voando, literalmente, para os seus braços. E fica tranquilo, não to chorando, apesar dos olhos terem enchido d'água quando os lembretes do celular apitaram que tava na hora de ir pra você.  Só que te prometi e vou cumprir, eu vou cuidar de mim, pra quando você vier me buscar eu estar aqui, linda, forte, saudável e sorridente pra podermos começar o nosso caminho, juntos, lado a lado.

Nessa, vou aprendendo que o tempo é o senhor dos senhores, a fé é o que nos sustenta e que meu amor por mim e por você cresce a cada dia que passa.

Ahhhhhh só pra não perder o costume, a alimentação foi super tchuca hoje, como tá la no insta @eueumesmaeabalanca (daqui a pouco termino de postar o cardápio do dia) e amanhã tem mais, mesmo sendo sábado. Quero mais dessa sensação. E sim, vou continuar arrumando o armários aos poucos, é muita tralha, credo!

Vamos vendo o que vai saindo por aqui também, já que eu tenho meus devaneios e venho pra cá fazer minha catarse, quando eu sinto que já enchi demais as amigas.

Te amo! Te quero! Te espero! Te honro! 💚🐼 (já que não tem o coala, vai o panda mesmo, é o mais próximo)

Beijos meus pra vocês que leram até aqui!!!!😚😚😚😚😚😚😚😚

quarta-feira, 17 de maio de 2017

A peça


Resultado de imagem para quebra cabeça incompleto


A vida, nada mais é, que um quebra-cabeças. A cada dia que passa você vai encaixando peça a peça para poder completar o jogo. Algumas peças são extremamente simples e fáceis de serem encaixadas, outras tantas, mais complicadas e algumas, mesmo que elas não façam parte do jogo, você quer encaixá-la no seu jogo a todo custo, com isso, você se machuca, machuca aos outros e ainda fica sem entender o que que está acontecendo.

O x da questão aqui é, como deixar a peça certa, fora do jogo? 

Ela será deixada ali temporariamente? Ela não será utilizada no jogo ou ela simplesmente será uma peça, como várias outras, que são, apenas, momentâneas?????

É duro pensar nisso. É duro sentir o buraco, as nuances e tudo aquilo que a falta dessa peça traz.

Aí, você que está lendo ai do outro lado deve estar pensando: "Essa mulher enlouqueceu. Jogo, quebra-cabeça, peça, o que que isso tudo tem a ver com esse blog que é sobre a guerra contra a balança?"

Eu vos digo, tem tudo a ver. Tem a ver, pelo simples fato que esta peça que falta, me fez perder o apetite (😮😮😮😮😮😮😮😮😮SURPRESA TOTAL).

Sim, pela primeira vez em muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuitos anos, eu não tenho apetite. E o pior, não é nem questão de alimentação, mesmo porque esse foi bem alterado por isso. Eu não estou tendo apetite pra olhar pra fora. Pra sair pra vida ou até mesmo pra ver o lado positivo da coisa.

A peça não foi embora, ela apenas está ali, de lado, mesmo que por algum tempo (tempo esse que eu não sei quanto) só pra ela poder ser encaixada devidamente e completar o jogo, ou melhor, começar novos jogos.

As crises de ansiedades não estão tomando conta, a vontade de comer as paredes já não está ali. Na boca, o mínimo para manter o corpo funcionando e não cair. A única vontade é de ter aquela peça, tão certa, encaixadinha no seu devido lugar. As lágrimas saem para tentar preencher o buraco que aquela peça deixou. Os olhos já não brilham mais, ou até estejam brilhando mas não é possível ver a beleza e o brilho deles por baixo das lágrimas que ali habitam. 

O que posso fazer é deixar sair, confiar, esperar o tempo fazer o seu trabalho e tentar me alimentar pra não adoecer. Olhar pra mim, cuidar de mim, crescer e estar pronta pra quando aquela peça, chegar e se encaixar no seu devido lugar, pois aí sim, a peça deixa de ser peça e passa a ser base, fundamental, para o jogo deixar de ser para apenas um.


"Te amo! Te quero! Te espero! Te honro!" 💚🐼

Beijinhos saudosos ♐