domingo, 23 de dezembro de 2018

Ajuda em tabletinhos

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Como é difícil aceitar que você tem um problema. Que você tem uma doença. Que você não precisa colocar sua máscara de ser feliz, todos os dias. Como é difícil aceitar que você precisa de ajuda.
Eu não sei como é a dor do parto, já que eu nunca pari, mas sei bem como é uma cólica renal daquelas de injetar morfina na veia e não passar, por isso eu digo, aceitar que você precisa de ajuda, dói mais que uma cólica renal. Ainda mais quando a ajuda é pra uma coisa, que a maioria das pessoas que vêem de fora, acham que é frescura.

Com, a facilidade, ao acesso à internet, todos somos especialistas, médicos, marceneiros, chef's de cozinha e tudo aquilo que nos predispomos a pesquisar por lá. 
Eu como boa curiosa, há tempos vinha pesquisando sintomas, diagnósticos, tratamentos e afins, e sempre ao final das pesquisas com aquela sensação, isso só pode ser caraminhola da sua cabeça. E por muito eu tempo eu acreditei que fossem apenas caraminholas mas, infelizmente, não eram.

E eu só passei a aceitar isso quando o meu maior prazer na vida, a comida, foi afetado. Eu já tinha parado de sair, beber, dançar, me divertir e afins, mas como eu ainda estava comendo, estava tranquilo, eu não podia estar doente. Pra se ter ideia, eu saí da sala de recuperação, pós cirurgia bariátrica, com fome. Ou seja, nada tira/tirava minha fome. Até que um belo dia eu não tive fome, não tive vontade de comer e algumas tentações estiveram ao meu alcance, no qual eu entraria em uma briga por elas e eu simplesmente, dei de ombros. Achei que fosse normal, calor, verão, aqueles suadouros ótimos, no qual eu já estou acostumada a ter todo verão, desde que eu operei. Ou seja, por mais um tempo, me deixei de lado.

De repente me vi, saindo de casa apenas para trabalhar, sem comer, o que comia eu vomitava, com muitas dores pelo corpo e hematomas espalhados pelo corpo todo. Não, ninguém me batia, ou melhor, às vezes era a vida e eu não tava sabendo, eu parecia estar camuflada, de tanto hematoma espalhado, sorte ou não, a maioria eram em partes que as roupas escondiam. Eu já não sabia mais o que fazer, quando recebo a confirmação da minha consulta com meu médico, queridíssimo diga-se de passagem, que me acompanha desde antes da minha cirurgia. Respirei fundo e me disse em alto e bom som: "GUENTA MAIS UM CADINHO, SUA LUZ NO FIM DO TÚNEL, ESTÁ APROXIMANDO".

E lá fui eu pra minha consulta, como sempre, aquela acolhida que acalenta, conferimos que, biologicamente, tudo estava normal e muito bom, até uma surpresa boa ao subir na balança, coisa que já era perceptível nas roupas, eu tinha emagrecido e não foi pouco, pelo tempo de comparação. E aconteceu o que eu mais temia, depois de muito conversar, desabafar, pedir todos os exames, inclusive alguns que eu deveria pedir pra outro tipo de médico, eu peço a ele, eu ouvi ele dizer; Vou te encaminhar ao psiquiatra!!!! Meu mundo caiu. Um buraco se abriu embaixo dos meus pés e aquela bendita dor no estômago voltou, como se eu tivesse levado um soco bem dado.

Respirei fundo, e tenho feito isso exageradamente nos últimos tempos, eu disse a ele... Me ajuda, pelo o menos mais uma vez, até a nossa próxima consulta. Se até lá, não tivermos conseguido uma melhora, eu aceito o encaminhamento e volto pro psiquiatra. Ele, sensato como sempre, disse: Eu, como clínico geral, cheguei no ponto máximo do que posso te ajudar. Mas te darei esse perído de teste mas você terá que se ajudar também. E fizemos um trato. Ele fez todas as receitas e lá fui eu pra farmácia procurar o que ele prescreveu. Quando eu percebi que teria que dar um pedaço do fígado, pra poder comprar tudo o que ele havia prescrito, o que me confortou é saber que o fígado regenera. :)

Como a medicação é pra ser tomada pela manhã, e a comprei no final da tarde, deixei pra tomar no dia seguinte, e assumo, a ansiedade (minha velha amiga) tomou conta. Aquela nuvem grande, cinza, pesada, estacionou na minha cabeça e foi uma das noites mais longas que eu já tive na vida. Ainda bem que mesmo sendo longa, ela passou e o dia raiou e veio a hora de tomar aqueles tabletinhos.
São dois, a dosagem é de 20mg/dia, mas comprar na dosagem de 10mg, fez com que o pedaço do fígado fosse menor e desse pra regenerar até a próxima conta em 60 dias. Mesmo comprando o "dobro". :)

Fiquei impressionada em como, logo no primeiro dia, eu já senti diferença. Não tinha nuvem, não tinha dores musculares, não tinha nervoso, não tinha preocupação, consegui dormir uma noite inteira, pela primeira vez em quase dois anos e me senti eu de novo. Não, os problemas não tinham sumido, as feridas não tinham cicatrizado, mas não incomodavam apesar de estarem ali. Aí, você que leu até aqui deve estar se perguntando: Como a pessoa vive assim tanto tempo?!?!?! Te falar, nem eu sei mas foi assim que eu vivi, ou sobrevivi esses últimos tempos. Outro dia tentei explicar pra um amigo extrangeiro como é o que eu sinto, e com a "barreira" do idioma a melhor forma de explicar foi:
Sabe quando você vai a um show, acompanhado, e a pessoa que está com você está se esguelando pra te dizer algo e a música está absurdamente alta e você não ouve nada????? Então, eu sou a esguelativa (existe essa palavra??) e a minha mente é o show alto acontecendo. E os tabletinhos, o que fizeram ai nessa loucura toda aí, você deve estar se perguntando (ou não). Os tabletinhos são o engenheiro de som, que abaixou o volume do show, fez com que a música continue a ser tocada, todos consigam ouvir a música e a companhia ao lado, mesmo que de vez em quando role uma microfonia. Mas no modo geral, o show tá ótimo. E eu estou me sentindo melhor, dia após dia.

Já consigo pensar com clareza, já consigo relevar muita coisa e com isso me organizar pro ano que está vindo aí. Voltarei a estudar. SIM, universitária mais uma vez. Com isso, também não terei tanto tempo pra remoer tanto esse show além de tentar voltar a fazer uma atividade física. O coração, até então, é meramente uma bomba sanguínea, mas vai saber até quando. E assim vou levando, com meus tabletinhos que muito me ajudam a continuar a ser eu.
Que o período de teste seja positivo e que eu não precise ter os meus tabletinhos por muito tempo na minha vida, somente pelo tempo necessário.

Não sinta vergonha, peça ajuda, converse com alguém preparado pra isso, tome os tabletinhos, se forem necessários. Não deixe que o outro te diminua por uma coisa que é sua e que pra ele é meramente uma frescura. Se cuide, aceite ajuda, você irá se curar.

Se você leu até aqui, minha gratidão. Boas festas e que o novo ano seja lindo como você.


X O X O

Nathy =D




segunda-feira, 8 de outubro de 2018

A fatia de pizza

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Acho que entrei numa fase de escrita. 2 dias, 2 post's diferentes, olha que legal. E já de antemão, peço desculpas pela foto, porque só de olhar dá fome. Independente do horário (o estômago aqui já roncou). Mas vamos ao que interessa.

Aqui perto do trabalho tem uma lanchonete, que pra mim é um dos melhores lugares da face da Terra. Só pra ter noção, tem açaí (sei que não como na sua cidade Rafael), japa, temaki e pizza, precisa de algo mais????? Pra mim, não. Além de tudo ser bem gostoso, aceitam o vale refeição que eu recebo (felicidade é mato) e o lugar é super aconchegante, com uma decoração bem legal. E é uma das minhas opções de almoço nos finais de semana, já que meu horário é o primeiro (às 11h), me evita a tentação de um McDonald's que tem aqui na frente, já que a maioria dos restaurantes na região abre às 11h30 nos finais de semana.

Sábado, depois de muito escrever aqui, deu meu horário e lá fui eu. Estava aguada numa pizza, e sempre que você chega, tem. Só que os sabores que já estavam prontos não me agradaram, alguma coisa com cheddar, não, eu não gosto de cheddar, e carne seca com catupiry. A decepção ficou nítida no meu rosto e logo resmunguei; É, hoje é de temaki. A contra gosto, porque eu queria pizza. Nisso, o pizzaiolo, voltando a seu posto sagrado, olhou pra mim e disse: SE VOCÊ QUISER ALGUM OUTRO SABOR, EU FAÇO PRA VOCÊ!!!!!! FICA PRONTO EM 10 MINUTINHOS!!!!!!

Cara, pensa na felicidade e na vergonha da criança. O pizzaiolo vai fazer uma pizza gigante, do sabor que eu quero, pra eu comer só uma fatia????? Eu me senti MEGA importante. E pedi minha pizza de frango com catupiry (sim, me julguem). Fui me acomodar numa cadeira, super confortável por sinal, rindo de orelha a orelha e pensando, ele vai fazer a pizza pra mim. Besta eu neh???? Sim, sou e fui. Em cinco minutos, meu prato chegou, cinco minutos depois, chegou aquela fatia M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A, douradinha, quentinha, recém saída do forno e feita, especialmente, pra mim. Ou, me fartei. Comi feliz, me deliciando, saboreando cada garfada daquela linda fatia. Acho que uma pizza nunca foi tão gostosa na vida (tá, não é pra tanto mas tava muito boa). E aí é onde começa o X da questão, vamos lá.

Ao terminar de almoçar, com aquela sensação de sair rolando por ai, afinal comi uma fatia, com borda e tudo, chega o pizzaiolo, salvador da pátria, e diz aquela famosa frase: Quer mais uma fatia???? O mundo, simplesmente, parou. Eu entrei em pânico. E agora???? O que que eu faço? Como eu nego, uma segunda fatia, pro cara que fez uma pizza pra mim????? Respirei fundo e disse: Estava uma delícia, mas não, obrigada, estou mais que satisfeita. Mas pensa numa sensação ruim que eu senti. Como eu me cobrei por isso. O estômago até doeu, e com isso parei pra pensar em algumas coisas:

1 - Por que cargas d'água eu me senti mal em recusar uma fatia de pizza?
Sim, a pizza foi feita pra mim, mas ela não seria uma perda, afinal as outras fatias seriam vendidas ao decorrer do dia, devido ao fluxo do lugar.

2 -  Por que cargas d'água é tão difícil falar não para os outros? 

3 -  Por que cargas d'água, sempre nos justificamos tentando não ficar mal aos olhos de terceiros?

4 - Por que cargas d'água nos importamos mais com a opinião dos outros do que com nosso bem estar???

Cara, somos muito boçais. Sim, fiquei mais que feliz com a presteza do mocinho em fazer a pizza pra mim, mas o cara é um prestador de serviço, e o serviço dele é fazer pizza. Caso eu cedesse a oferta, eu pagaria duas fatias de pizza e não manteria nenhuma no meu estômago, era entrar a segunda que as duas voltavam. E aceitar, seria apenas para agradar a ele, porque eu estava mais que satisfeita, já estava rolando felizona, e não ficaria tão feliz assim, mesmo sabendo do meu limite físico.

Agradar um prestador de serviço que fazia seu papel (sim, ele foi além, mas isso é dele para poder melhor atender seus clientes) ao meu bem estar?!?!?! CHEGA!!!
Cuidar de mim é preciso e sei que não irei agradar a grande maioria das pessoas, e te contar?!?! Vou começar a não ligar mesmo, nem mandar mensagem no Whats. Quero, devo, posso e vou cuidar e agradar a mim. E claro, a minha mãe também (em algumas coisas, porque, neh?!?!?).

Ahhhhhhhhhhhh pra quem chegou até aqui, continuo no aguardo do AJUDANDO A COLEGUINHA, tá?

Insta @taia_teixeira
E-mail: santos.ntx@gmail.com

X O X O X O X O X O X O











sábado, 6 de outubro de 2018

Comer, dormir e surtar.... O círculo, vicioso, da crise

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C-NHOR!!!!! Passei muito tempo longe daqui. Credo, como passa rápido, e o pior, a gente nem percebe. Enfim, bora lá pra textão?!?!?!?! Aproveitar que está tranquilo aqui no trabalho (sim, estou trabalhando, na área que eu 💗💗💗💗 e onde eu sempre quis trabalhar) e desabafar um pouco os  pensamentos e angústias que serão escritas aqui.

Nesse tempo que passei longe, travei uma batalha pesada contra a minha pessoa. Cara, como é difícil se conhecer e se manter saudável. Tanto biologicamente quanto emocionalmente. E continuo nela, mas assumo, está um pouco mais fácil, ou será que está menos difícil. Realmente não sei, só sei que me olhar no espelho já não me assusta tanto, quanto antes. 
Apesar disso, me expor ao mundo, assumo, ficou mais complicado, não sei se por medo da exposição, medo de algum possível julgamento (todos sabemos que ele existe) ou simplesmente preguiça. Porque, venhamos e convenhamos, o mundo tá MUITO chato, e sim, tenho muita preguiça de gente chata, mesmo sendo uma.

Tenho optado por ficar em casa. Minha cama, meus travesseiros, minha TV (mesmo não passando nada que preste na maioria das vezes) me fazem me sentir bem. Muito bem, por sinal. MEU MUNDO. O problema do meu mundo, é que ficar em casa me faz comer as paredes, rodapés e afins, meu estômago é um buraco negro. E que buraco, nem parece que cortaram um pedaço dele. Sofro muito nos meus dias de folga, me sinto como João e Maria e a casa de doces, o problema, que a bruxa sou eu. Afinal, sou eu quem que entra em crise e sou eu quem surta. 

Esse círculo é o OH, porque a sensação que dá é que nunca acaba. E não acaba mesmo, é um círculo né Nathalia?!?!?!?!? Brincadeiras à parte, o pior não é nem o não acabar e sim o aumentar. A cada crise, parece que fica maior, o tempo, o vazio, o medo, o não querer socializar, o não querer continuar, a fome, o arrependimento e afins. Mas,  como a gente não tem muita opção, a gente continua. Fazer o que? Dormir!!!!! Sim, quanto pior a crise, mais eu durmo e mais distante do mundo eu fico. O foda, é que como eu durmo demais, e põe demais nisso aí, eu acordo nos horários mais insanos do mundo (não que eu acorde tarde, porque quem me conhece sabe, 5h da manhã, no máximo eu já estou acordada) tipo às 2h11 da manhã e não durmo mais. Adivinha o que a gente faz?!?!?!??!
Além de comer, a gente aproveita e dá uma hidratada no organismo, esvazia a bexiga e zapea pelos milhões de canais da TV a cabo (não, eu não tenho NETFLIX).

O que mais me "revolta" nisso tudo são os sentimentos que passam por mim nessas crises, e infelizmente não são nada bons. Quer dizer, não é que sejam ruins, mas são sentimentos, que na maioria das vezes, são apáticos ou seja, eu não sinto, apenas existo. Não dá raiva, não dá tristeza, alegria, ou qualquer outro tipo de sentimento, nem o de ter forças pra mudar a situação. A única vontade real, é de comer, dormir e surtar. E com isso, o círculo continua circulando e aumentando. E  o ponteiro da balança subindo, a calça apertando e as bochechas fechando os olhos quando sorrio (se bem que, bom, deixa pra lá).

Se você leu até aqui, obrigada por isso, você deve estar se perguntado, por acaso você não faz nada pra reverter essa situação????? Eu tento e faço. No momento o que consigo fazer é manter a medicação em dia, o que me mantém ativa, pelo o menos pra trabalhar e não comer a empresa. mas assumo, quando o efeito passa, só da vontade de comer, dormir e surtar e com isso, realmente eu tenho dormido muuuuuuuuuuuuuuuito, Afinal, enquanto eu durmo eu não como, pelo o menos não na realidade, porque eu como, literalmente, o mundo nos meus sonhos.
Eu sei que preciso de uma atividade que me faça mudar a química do meu cérebro, naturalmente. Eu já tentei tanta coisa, já fiz tanta coisa e o final é sempre o mesmo: Como diz minha mãe, eu faço todo o enxoval pra situação, me entedio rapidamente e largo de mão.

Se você, sim você que está lendo, souber e quiser me ajudar e dar alguma sugestão do que fazer, dar pitaco ou qualquer coisa do tipo, dá um help pra coleguinha aqui.

@taia_teixeira lá no insta ou santos.ntx@gmail.com, aí no assunto você coloca assim, AJUDANDO A COLEGUINHA, só pra eu ter certeza e não deletar seu email. Pode ser????

Chega, deu por hoje!!!

X O X O X O X O X O X









terça-feira, 15 de maio de 2018

Prazer, Nathalia....


Significado do Nome Nathalia
Nathalia: Significa "nascimento" ou "nascida no dia de Natal".
Tem origem do latim natalia, de natalis, que significa literalmente “nascimento”. É considerado um nome religioso, dado que originalmente, na Idade Média, era um nome bastante frequente para as meninas nascidas no dia de Natal.
Assim, este bonito nome feminino carrega consigo a simbologia do Natal, um dos eventos religiosos mais importantes para os cristãos.
O Natal é também comemorado por um grande número de não cristãos, de modo que o nome reflete a alegria da festividade.
Ao passo que este era o nome dado às meninas nascidas no dia de Natal, os meninos que nasciam nessa data recebiam o nome de Natalício.
São suas variantes: Natalia, em espanhol; Natalie, em francês e, no Brasil, é bastante popular a forma Natália.
No nosso país também é utilizado o nome Natacha, nome russo que é o diminutivo de Natália.
As pessoas registradas com esse nome costumam ser afetivamente chamadas de Naty ou Lia.
https://www.dicionariodenomesproprios.com.br/nathalia/
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Não, esse textículo acima, sobre o significado do meu nome, que eu também nem sei se é verdade, não foi o post de hoje. Mas a da foto, sou eu mesma. Então, senta que lá vem textão.

Não, eu também não nasci na noite de natal, nasci um mês e um dia antes (23/11, pra não precisar fazer as contas). E ninguém, nunca me chamou ou me chama de Lia. Naty, ok, mas como meu nome tem H eu acho mais chic Nathy =). Tatá também é uma forma carinhosa, que algumas poucas pessoas me conhecem. Grampola, só uma turma, bem, específica me chama assim. Agora, Taia, é como a grande maioria das pessoas me conhecem. De familiares, a colegas de boteco (sim, eu vou, apesar de pouco). Taia. Até eu me conheço assim, ou será que eu me escondo assim?????

C-NHOR, vamos começar a divagar nessa teoria de alter ego (medo de se aceitar mesmo).

Às vezes me pego pensando, tudo que nos identifica, legalmente, perante a sociedade, não é escolha nossa. Nosso nome (salvo quem obtém o direto de troca, devido a correção de gênero), nº de RG, CPF título de eleitor e afins, você escolheu algum???? Porque, eu não, todos me foram entregues. E com isso eu me pergunto, quem é a Nathalia????
Porque, sinceramente, eu não sei quem ela é.

Eu sei te falar sobre a Taia. Porque a Taia, foi uma escolha. Certa? Não faço a menor idéia mas com certeza, foi minha, a escolha. E ai eu entro em uma guerra pessoal, tentando descobrir quem eu realmente sou. Afinal, eu sou o que eu escolhi ser mas que deixou quem eu fui escolhida de lado, ou eu sou aquela que fui escolhida mas tenho medo de assumir isso???? EITA PÔRRA!!!! Se ficou difícil pra entender lendo, imagina pra entender vivendo?!?!?!

Sabe aquela imagem de filmes e desenho, onde um anjinho e um capertinha, aparecem um de cada lado do sujeito e ficam no blá blá blá? Então, eu vivo isso diariamente e constantemente. É um puxa e repuxa, que vou te contar, cansa. Ah, pode ficar tranquilo, nao tenho dupla personalidade, só ainda não achei uma forma de baleancear a loucura e diversão de uma com a seriedade e responsabilidade da outra.

Uns dizem que é pelo signo, sagitarina (melhor signo EVER) mas eu acho que é medo. Medo de entender que tudo tem uma ação e reação, que os atos tem, sim, consequências e nem sempre são as melhores. Você, que chegou até aqui, deve estar pensando, será que essa doida, de 33 anos, ainda não cresceu, não amadureceu??? Sinto informar, já, mais do que eu gostaria, até, só que la no fundo eu ainda tenho dificuldade, e muita, de aceitar isso.

É confortável sentar e ver o circo pegar fogo, é simples colocar a culpa no outro, afinal, ela é minha e eu coloco em quem eu quiser. Mas também é tão fácil assumir a sua posição, sem muito mimimi e dizer desculpa, quando necessário. 

O mais difícil é o tal do manter... Igual a emagrecer, que não é difícil, difícil é manter os quilos emagrecidos longe. Eu tenho a sensão de que manter, nada mais é que uma coisa morna, e eu detesto coisas mornas, ou ferve ou congela. E eu também sei que extremos não fazem bem. Deu pra ter noção do como é ser eu????? Ou seja???? F$#@!

E com isso, eu sempre deixei o lado mais FUN tomar conta de tudo. É mais fácil, as saídas pelas esquerdas eram mais fáceis. Arrumar uma desculpa, um comentário sarcástico, um jeito Taia de fazer, era muito mais fácil e a Nathalia, sempre ali, quieta, amuada, na dela, só que ultimamente essa parte minha deu a luz e me fez refletir muito sobre tudo o que aconteceu e tem acontecido comigo. Será, que tudo isso foi e é pelo fato de eu tentar me esconder atrás de um pedacinho minúsculo do que eu sou, ao invés de abraçar o meu eu por completo???

Eu tenho medo. Eu tenho, muito, medo.

Ou seja?!?!?! Vai com medo mesmo....

Vou colocando aqui, conforme for sentindo a necessidade de colocar pra fora!

x o x o











sábado, 5 de maio de 2018

Quando você acorda, após uma torção...

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Quem nunca torceu um tornozelo na vida???? Se você é desses, que conseguiu essa proeza, de nunca ter torcido os seus, ajoelhe-se, imediatamente, e agradeça. Porque, o dorzinha maldita. Agora, se você é dos meus que, respirou errado e torceu, tamo junto!!!! 

Eu torci o meu na última quinta, dia 03 de maio de 2018, um dia, naturalmente doloroso aqui em casa e pra melhorar, a dor física da torção ajudou a "melhorar". Tá bom, vai... Assumo, valeu a pena. Bom, não é que valeu a pena, mas a noite foi divertiddísma e me mostrou que quando queremos, superamos dores inimagináveis.

Imaginando ser um simples entorse, como as várias que aconteceram na minha vida, fiz o de sempre, gelo, pé pro alto e anti inflamatório, mas não antes de ter "sassaricado" a noite toda, entre causos e gargalhadas, além de alguns xequesmate (só pra constar, torci antes do primeiro copo e tenho testemunha), que me fizeram anestesiar um pouco a dor. Mal sabia eu.
Chegou a manhã seguinte, C-NHOR.... Acho que só não foi pior que a dor da crise renal de alguns anos atrás. Meu pé tinha virado "una pelota quadrada" meus dedinhos, eram 5 baby carrots e um vento que passasse me fazia urrar de dor. Mais do que depressa, criei coragem, tomei um banho e rumo ao hospital.

Para a minha sorte, até que fui atendida rapidamente, entre chegar, cadastrar, esperar, consultar, raio-x, diagnóstico e rumo farmácia/casa, não levou mais de uma hora e meia. Tempo, consideravelmente, curto, pra tanta coisa feita por uma semi Saci albina (sim, foi exatamente esse sentimento que tive).

Resumo da ópera, teve sim a entorse de sempre, mais uma fratura no metacarpo, aquela do Neymar, mas sem o glamour ou repórteres ou até mesmo brasileiros, sendo brasileiros. Se bem que no hospital, tinham vários, mas daqueles do dia a dia, sabe???? Enfim....
Comprei a tal bota imobilizadora roboboot, sei lá como chama isso, só sei que toda vez que tiro pra fazer a compressa de gelo, que o médico mandou continuar fazendo, me sinto um Transformer, de tanto monta e desmonta. Estou tomando um remédio que além de me dar um enjôo absurdo, de tão forte, ele me derruba, durmo igual neném e isso, infelizmente eu não posso reclamar. Pena que o remédio é só por 7 dias :/ .

Ah, um adendo, rapidinho. Dia 03, eu tinha voltado a malhar, feito a minha ficha pela 1ª vez, gostado dela (um milagre) porque era curta, simples e rápida (tá bom, pleonasmo, mas eu precisava enfatizar).

Mas conversando com um amigo, me fez perceber uma coisa, que deu uma vontade absurda de escrever aqui hoje.

A primeira vez que eu torci esse tornozelo, eu tinha 16 anos e estava acampando, só que junto com a torção do tornozelo, eu torci o joelho e foi somente o joelho que foi devidamente tratado. Com consultas, muletas, fisioterapia. Durante anos, algumas pessoas quando me viam, a primeira coisa que me perguntavam era: E o joelho???? O joelho, hoje, tá ótimo, em perfeito estado. O tornozelo em compensação, tá aqui, imobilzado, por loooooooooooooooooooooooooooooongos 30 dias (sim, tem 30 O's em longo), colocando compressa umas 5, 6 vezes por dia que me fazem sentir muita dor em tirar e colocar a bota, e ainda tenho que arrumar um sapato, que nivele o outro pé, pra não machucar o quadril. Os fabricantes dessas botas, podiam pensar numa solução, vender uma sapato junto com a bota, pra nivelar. Claro, uso opcional ou então vender o par, vai que.

Voltemos ao assunto, o que essa entorse me fez perceber foi, que todo e qualquer machucado, precisa ser devidamente tratado. Pelo simples motivo de curar tal machucado da forma adequada. Talvez se eu tivesse tratado a 1ª entorse, lá no início dos anos 2000, essa entorse, de quinta, teria sido apenas uma entorse.

Não adinta fazer aquele tratamento meia boca, caseiro, superficial. Porque por mais que ele amenize, ele não cura, ele te tapeia, e nas próximas vezes, a coisa só vai piorando, piorando e piorando. O negócio, é tratar com calma, dia a dia, fazer o que tem que ser feito, não forçar, não tentar calçar aquele salto, não tentar voltar a dançar a noite toda, nas pontas dos pés. Porque vai doer, vai incomodar e não vai curar. 

Que a gente cuide dos nossa machucados, como hidratamos o nosso cabelo. Da forma correta, no tempo certo, pra aquele efeito mara, que só melhora com o tempo.

Agora é colocar essa perna pra cima, botar muito gelo, cuidar direito, tratar direito e fazer com que machucado seja curado, da forma correta. Ah, o tornozelo também.

X O X O


PS: O mais importante que não falei, agora que tenho que fechar a boca mesmo, parada em casa, comendo a casa, fica difícil. Tenho que entrar no uniforme quando eu voltar a trabalhar.


domingo, 28 de janeiro de 2018

A hora da despedida


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Nunca é fácil dizer adeus. Nunca é fácil deixar ir aquilo que nos faz ou fez feliz, aquilo que nos traz esperança, aquilo que nos faz acreditar que o mundo ainda é bom, assim como aqueles que o habitam. 

Mas aí eu pergunto, existe algum adeus que seja menos dolorido de ser dito????

Acredito que não. Se quando perdemos alguém que está sofrendo por alguma doença, já não é fácil, aceitar esse adeus. Saber que, aquele que amamos estará a descansar, se livrando de dor, sofrimento e nós, aqueles que ficam também estaremos a descansar em não ver aquela pessoa amada a sofrer. Isso mostra quão egoístas somos. 

Dizer adeus numa situação trágica, de algum acidente, algo inesperado também não é fácil, exatamente por não estarmos esperando aquela situação. Esse adeus, é ainda mais dolorido, mais sofrido e mais difícil. E é tão difícil. Por que é tão difícil???

É difícil, porque temos que aceitar na marra que perdemos. Perdemos a chance de fazer a mais, perdemos a chance de demonstrar mais, perdemos a chance de sermos melhores, perdemos. E venhamos e convenhamos, ninguém gosta de perder. Pra nada e pra ninguém.
E é exatamente por isso que voltei aqui, relutante, já sabendo o que escrever, já sabendo que tinha que colocar pra fora e sempre postergando. Eu não queria assumir pra mim mesma que eu perdi. E perdi feio, e ainda assim, não foi tudo perdido.

Complicado né?!?!?! Eu sei. Eu sinto. E de verdade, eu espero que assim que eu consiga terminar de colocar aqui, esse ano entalado na alma, porque a garganta não foi suficiente, eu realmente consiga dizer adeus, sem me apegar na possibilidade do e se.

Acho que a pior parte disso tudo, não foi perder aquele amor, aquele sonho, aquela projeção. O pior de tudo foi permitir me perder, foi permitir não cuidar de mim. Como doeu e como ainda dói. Dói na alma, dói na vida e no viver. Mas agora é aquela dor que a gente passa por cima e continua em frente.

Chorar não era suficiente, não aliviava, não fazia passar. Chorar apenas acentuava a dor. Ver a cor do céu, sentir o calor do sol ou fazer qualquer esforço além do necessário para sobreviver doía. E o que mais doía? Sorrir por fora quando por dentro o mundo desabava, desabava em dor, desabava a fé, desabava o acreditar no próximo e principalmente o acreditar em mim.
Acreditar em mim.... Como é difícil acreditar em si mesmo quando o mundo parece ir contra, quando até você mesma está contra você.

Não somos ensinados a perder. Não somos ensinados a lidar com a dor. Sempre tem alguém para amenizar, fazer ficar mais fácil ou até mesmo fazer por você. E quando chega o momento de você lidar consigo por si próprio, cara, vou te falar, não é fácil, não é lindo e muito menos indolor. Você enxerga o pior de si, da pior forma possível e ainda tem que fazer um esforço absurdo pra tentar enganar a si e a quem está perto de você. Porque é um saco ter que ficar ouvindo os comentários daqueles que nos cercam. A gente sabe que eles não fazem por mal, que os comentários vem porque eles nos amam e querem o nosso melhor mas tem hora que o silêncio é a melhor pedida.

Conseguir enxergar a si faz muita coisa acontecer. Mas é você quem decide pra onde e quando você vai levar essa visão. É você quem decide qual forma irá lidar. É você quem decide se você manterá tal imagem ou se irá mudá-la.

Dizer adeus é mudança. Dizer adeus é crescer. Dizer adeus é entender que o amor às vezes não significa estar junto. Dizer adeus, de certa forma, também é dizer olá. Para novos sonhos, novas pessoas, novos desejos, novas chances e pra você mesmo.Não tenho mais medo de dizer adeus, nem de sentir tudo o que isso implica. Hoje, sou mais eu, mais forte, mais sorridente e estou em paz. Comigo e com o mundo.

Diga adeus, depeça-se. Diga olá e conheça-se.