segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Tempestade

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Faz tempo que não apareço por aqui,faz tempo que o nó no peito cresce e o número na balança sobe. Faz tempo que não olho pra mim com gosto e querer, com carinho e compaixão. Faz tempo que não sei o que é ter empatia por alguém, quanto mais por mim. E dói. Como dói. 

Dói o duvidar o de sí, o escorrer das lágrimas enquanto o peito pulsa pra ver se esvazia um pouco e alivia o peso do mundo que se carrega nas costas e que se sabe que não é seu mas ainda está ali. Dói a mudança, dói o ficar, dói o querer, dói o sonhar, dói o novo, dói o velho.

Só que ultimamente a dor tem sido insuportável. O mais interessante nisso, é que eu sempre fui bem resistente a dor, pelo o menos as físicas, por que as dores da alma, essas eu nunca soube lidar e dessa vez, eu assumo. K-R-A-L-E-O eu não sei o que fazer. Chorar não alivia. Beber não faz passar. Fumar não leva com a fumaça. Sexo não relaxa na hora que o orgasmo vem e comer não satisfaz mais o fundo sumiu e não é atoa a que a balança sobe, e sobe na velocidade da luz.

E o mais triste nisso tudo é que eu me entreguei e aceitei que eu sou o que os outro acham de mim. Que sim, eu sou um fracasso em todos os sentidos que existem. Como ser humano, como filha, como mulher, como amiga, como profissional e afins. 

A sensação de hoje é que se eu fosse embora não faria diferença nem pra mim nem pra ninguém.

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